A problemática do bullying transcende os limites das escolas e alcança todas as esferas da sociedade, afetando não apenas o bem-estar emocional e físico das vítimas, mas também comprometendo o ambiente de convívio e o desenvolvimento saudável das comunidades. No entanto, abordar a temática do bullying não se limita apenas aos muros da escola; é também uma responsabilidade educativa que se estende às famílias.
Diante desse cenário preocupante, o Colégio Glória assumiu um papel proativo no combate a essa prática prejudicial, desenvolvendo o projeto “Bullying Zero: Empatia e Respeito”. Esse projeto nasceu da necessidade urgente de cultivar valores como empatia e respeito em todos os aspectos da vida, combatendo o bullying em suas diversas formas. Reconhecendo que o ambiente escolar desempenha um papel fundamental na formação dos indivíduos e na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, o Colégio Glória implementou iniciativas educativas e preventivas para enfrentar essa problemática.
Na última semana, os estudantes do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio receberam a visita de Isabelle Monteiro de Lima, advogada especializada em Direito de Família e Sucessões, para uma palestra sobre a temática do bullying. Durante a conversa, foram abordados tanto os aspectos legais quanto as implicações emocionais e sociais dessa prática na vidas do jovens.
Confira abaixo algumas respostas esclarecedoras dadas por Isabelle:
1 – Como você descreveria o impacto do bullying na vida dos jovens hoje em dia?
Isabelle Monteiro de Lima: As condutas de bullying são muito negativas sobre a vida dos jovens porque afeta a autoimagem deles, causando problemas físicos e emocionais.
2 – Quais são os principais sinais de que uma criança ou adolescente está sendo vítima de bullying?
Isabelle Monteiro de Lima: Em geral observa-se uma mudança comportamental como agressividade ou reclusão social, demonstra resistência para frequentar a escola e aparecem sinais psicossomáticos para que também não vá para a escola. Em alguns casos ocorrem abuso de substâncias como álcool e drogas, automutilações e atentados contra a própria vida.
3 – Qual é a importância de abordar o tema do bullying dentro do ambiente escolar?
Isabelle Monteiro de Lima: É muito importante para que se conscientize os jovens que suas ações afetam a vida de outras pessoas de forma muito negativa e em alguns casos irreversíveis.
4 – Que medidas preventivas as escolas e a comunidade em geral podem adotar para combater o bullying?
Isabelle Monteiro de Lima: Deve-se trazer para a escola e para a comunidade em geral informação qualificada sobre o tema, visando minimizar os impactos do bullying nas crianças e adolescentes.
5 – Como os pais podem apoiar e proteger seus filhos contra o bullying?
Isabelle Monteiro de Lima: A família é imprescindível neste processo, deve manter-se atenta à mudança de comportamento dos filhos, monitorar adequadamente a interação dos filhos em redes sociais e grupos privados do WhatsApp. Deixar claro para os filhos que eles podem confiar e contar para eles se são vítimas de bullying e explicar as consequências para o menor e sua família se ele for o agressor.
6 – Quais são as consequências legais para os praticantes de bullying, e como a legislação pode ajudar a lidar com esses casos?
Isabelle Monteiro de Lima: O Código Civil e o Estatuto da Criança e do Adolescente tem uma preocupação em relação à preservação dos direitos dos menores. Os praticantes de bullying dependendo do caso podem ter suas condutas encaixadas em medidas de proteção e socioeducativas, além das possíveis ações de danos morais e materiais promovidas pelas vítimas que vão impactar o patrimônio dos responsáveis pelo menor.
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