O ano de 2025 será especial para a Igreja Cristã em todo o mundo, pois celebraremos o Jubileu, também chamado de Ano Santo. Suas origens remontam ao Antigo Testamento, quando, a cada cinquenta anos, era celebrado um tempo dedicado à remissão de dívidas, ao repouso da terra e ao restabelecimento da justiça nas relações humanas e com Deus. Esse período é marcado pela busca da restauração espiritual, da reconciliação e da renovação da fé.
Para viver plenamente esse tempo de graça, a Pastoral Escolar do Colégio Glória, comprometida com uma educação evangelizadora, propõe um itinerário formativo baseado nos subsídios oferecidos pelo Jubileu. Serão abordadas diversas temáticas, que nos ajudarão a refletir e vivenciar melhor este Ano Santo.
O primeiro caderno escolhido, entre os 34 do Concílio, é A Santidade, Vocação Universal, e essa escolha não é por acaso. “A santidade nada mais é do que a perfeição da caridade, isto é, a plenitude do grande e verdadeiro amor de que todo coração humano tem profunda sede.” Pelo batismo, somos chamados à santidade, pois, como nos lembra a Sagrada Escritura, “Deus nos chamou à santidade” (1Ts 4,7), e esse chamado não seria feito se não fosse possível alcançá-lo.
No entanto, a compreensão atual da sociedade muitas vezes nos afasta dessa vocação. Vivemos em um mundo caracterizado pela volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, conhecido pela sigla VICA (ou VUCA, na literatura internacional). Esses elementos parecem ir na contramão da santidade. Em meio a um cenário de informação excessiva, desigualdade e ansiedade, o documento jubilar destaca quatro virtudes essenciais para uma vida santa: humildade, fé, esperança e caridade. Por meio delas, é possível viver a santidade no cotidiano, sem necessitar de feitos extraordinários.
Um grande exemplo e inspiração nessa caminhada é a vida dos santos. O documento dedica seu terceiro capítulo a Santa Teresa de Lisieux, reconhecida pela UNESCO como figura exemplar para toda a humanidade. Com humildade, ela afirmava que sua vocação era o amor e tinha a plena certeza de que, nas mãos de Jesus, as menores coisas ganham um valor infinito.
Neste período de Jubileu, impulsionados também pelo tempo forte da Quaresma, somos convidados a viver de forma mais humana, aproximando-nos da santidade oferecida por Cristo. Independentemente do estado de vida e da missão de cada um — professores, casais, religiosas, sacerdotes, estudantes —, somos chamados a buscar a santidade no dia a dia, por meio do respeito, da oração, do cuidado com o meio ambiente e da delicadeza ao olhar para a vida. Assim, podemos nos santificar nas condições ordinárias da nossa existência. Vamos ser santos? Topa esse desafio?